A obstrução do ducto nasolacrimal é a causa mais comum de lacrimejamento no primeiro ano de vida, ocorrendo em aproximadamente 4 a 6% dos recém-nascidos e na maior parte das vezes, atingindo apenas um dos olhos.
A principal causa de obstrução do canal lacrimal é a presença de uma membrana na região da válvula de Hasner, no local de abertura do ducto nasolacrimal, na cavidade nasal. Quando o canal lacrimal fica muito tempo obstruído pode haver inflamação ou infecção, pois a lágrima permanece retida por um período muito longo. Nesse caso, o local da inflamação - canto interno e inferior do olho, próximo à base do nariz - fica vermelho, inchado e dolorido. Em alguns casos, há saída de secreção purulenta pelo orifício de entrada do canal lacrimal. Outras anomalias como estreitamento do canal, espículas ósseas, presença de válvulas ou outras membranas podem ocorrer de forma isolada ou em combinação, resultando em outras formas de obstrução.
O diagnóstico de obstrução do ducto nasolacrimal é feito quando o oftalmologista encontra a combinação de lacrimejamento, presença de secreção muco purulenta, aspecto de ''olho melado'' e dermatite na pálpebra inferior, sem sinais inflamatórios. "Além das alterações causadas pelo lacrimejamento é comum que a criança apresente com maior frequência episódios de conjuntivite bacteriana. O excesso de umidade nos olhos favorece o desenvolvimento de bactérias que causam a conjuntivite.